Danos provocados por colisões traseiras, típicas de engarrafamento e extremamente
perigosas para ocupantes, ainda não são avaliados por agências de segurançabrasileiros sabem na prática, e de forma dolorosa, a resposta para a primeira pergunta, pelo menos. Mas não há, em qualquer parte do mundo, um estudo técnico sobre os reais impactos deste tipo de acidente.
A situação, no entanto, começa a ser questionada na Europa e nos Estados Unidos, países que cada vez mais passam a conviver com veículos menores, como os hatches compactos, subcompactos e as minivans já conhecidos dos países emergentes (como o Brasil). Exemplos recentes: modelos como o Fiat 500 e o Toyota iQ estão carimbando o passaporte para o mercado norte-americano; o alemão Audi A1
O principal questionamento da revista alemã é o de colisões traseiras -- que provocam graves ferimentos de coluna, tórax e cabeça, e aumentam o risco de morte dos passageiros -- não serem analisadas pelos crash tests das mais importantes organizações de segurança viária ao redor do mundo.
O segundo diz respeito exclusivamente a modelos menores: o espaço interno exíguo, aproveitado quase que na totalidade para o transporte de pessoas, e pouco ou nenhum porta-malas seria seu ponto fraco. Esta teoria, bastante difundida nos EUA, ganha força também no continente europeu. O pensamento neste caso é que a área do porta-malas, que ficaria livre na ausência de bagagem, seria fundamental para dissipar o impacto, impedindo que o choque provocado atingisse diretamente os passageiros.
Seguindo o exemplo dos vídeos acima, os passageiros das peruas médias atingidas pelo impacto de outros dois veículos correriam menor risco de traumas decorrentes do acidente -- tudo graças à maior área livre entre a porta traseira e as fileiras de bancos.
A ausência de itens mais complexos de segurança ativa (como apoios de cabeça eficazes na redução do efeito chicote) e o menor uso de materiais de qualidade na montagem (algo comum em carros menores, de custo mais baixo) também colaboram para resultados mais drásticos.
Embora soe óbvio quando contado, nada disso é comprovado por Euro NCAP, NHTSA ou outro órgão de peso. Mas a discussão está iniciada.